No entanto, provas são mais difíceis e concorridas que as para cargos estaduais

Estabilidade e salários altos são os principais motivos que levam pessoas a disputarem cargos públicos. Mas sempre aparece a dúvida: como escolher qual concurso prestar? Antes de sair por aí se inscrevendo em todas as provas, é importante saber as diferenças entre as seleções federais e estaduais.

Em geral, os concursos federais são os que têm os melhores salários, podendo chegar a R$ 8.000. No entanto, o valor pago depende do cargo, e há casos em que os pagamentos no Estado são maiores. Em áreas jurídicas e fiscais, por exemplo, concursos estaduais remuneram muito bem – como salários de até R$ 19,5 mil para juiz substituto no TRT-SP (Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo).

Uma grande vantagem dos cargos federais é que eles permitem, após dois anos, que o candidato se transfira para outra cidade do país. No caso de concursos estaduais, o aprovado tem que ficar no Estado para o qual foi convocado.

Prova
Todo concurso federal exige conhecimentos sobre o estatuto dos servidores da União. O documento traz as normas que definem direitos e deveres na área. A cobrança também existe na esfera estadual, mas as questões estão relacionadas ao estatuto de cada Estado – são 27, incluindo o Distrito Federal. Candidatos a vagas no Piauí, por exemplo, terão que conhecer o estatuto do Estado se quiserem se dar bem no concurso.

O processo seletivo de concursos federais é em geral preparado por órgãos tradicionais, como o Cespe/UnB (Centro de Seleção e de Promoção de Eventos da Universidade de Brasília), Esaf (Escola de Administração Fazendária), Cesgranrio e Fundação Carlos Chagas. No caso dos concursos estaduais, muitas vezes são instituições de menor expressão que realizam as provas.

Em que isso reflete na vida do concurseiro? O professor de direito constitucional da Central de Concursos, Julio Cesar Hidalgo, responde: Essas entidades mantêm uma linha nas provas. As perguntas costumam seguir padrões. Quando se trata de outras organizadoras [de concursos], fica mais difícil que o candidato se prepare de maneira mais eficiente, por não saber muito bem o que esperar.

Dificuldade
Por exigência do próprio governo, as questões dos concursos federais são de alto nível, do tipo difícil. Além disso, quanto mais altos os salários, maior será a concorrência e a preparação dos candidatos para a disputa.

É comum que, em certos cargos, o total de vagas oferecidas não sejam preenchidas devido ao nível de dificuldade das provas.

Para o professor Hidalgo, o concurseiro que busca oportunidades deve ficar de olho nos jornais e sites especializados para saber quando um edital será lançado. Ele não precisa se preocupar – sempre há um concurso a ser lançado, como para o cargo de magistrado judicial. – Esse [de magistrado judicial] e outros estão sempre abertos, porque o número de vagas quase nunca é preenchido.

Luciana Sarmento, do R7

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