Para a escolha certa depois de formado, o jovem precisa saber os prós e os contras de cada opção.

Concorrência: Vem crescendo o número de jovens profissionais recém-formados nos concursos públicos.

Após iniciar um curso superior, o estudante logo pensa em seu futuro profissional e fica imaginando o que vai acontecer assim que se formar. Há duas opções: seguir a carreira em uma empresa privada ou optar pelo setor público. Mas como balancear os prós e os contras de cada área e fazer a escolha certa?

De acordo com o proprietário de um site especializado em concursos, Leandro Ferreira Lima, com a multiplicação de universidades e cursos superiores, além das mensalidades mais acessíveis e dos programas sociais voltados ao ingresso do estudante no ensino superior, o número de jovens que saem com diploma nas mãos em busca de emprego vem crescendo significativamente: "Com isso, o mercado de trabalho fica cada vez mais competitivo, dificultando a entrada de novos profissionais no mercado".

Por essa razão, o serviço público aparece como uma boa opção, pois o universitário poderá exercer sua profissão logo ao sair da faculdade, situação que é muito difícil na iniciativa privada, que geralmente exige experiência na área e oferece salários abaixo da média.

Além disso, o setor público tem outras vantagens, como igualdade de condições para todos, ausência de discriminação de qualquer espécie, não-exigência de experiência anterior, altos salários, estabilidade, possibilidade de planos a longo prazo e realização profissional.

No entanto, Lima diz que o profissional deve avaliar bem as características da carreira pública e verificar se o seu perfil se enquadra nesse tipo de trabalho. É preciso saber também que passar em um concurso público pode levar um tempo, porque é necessário aguardar a abertura da vaga desejada, se preparar para a prova e, caso seja aprovado, deverá ainda esperar a convocação, que em alguns casos pode demorar até quatro anos.

Segundo o pró-reitor de graduação da Universidade de Mogi das Cruzes, Rubens Guilhemat, é preciso levar em conta também a possibilidade de crescer na carreira, coisa que ele não terá no setor público, pois ficará em um único cargo até se aposentar.

Procura

Segundo Lima, é cada vez maior o número de recém-formados aderindo aos concursos públicos. "As salas de cursos preparatórios, antes freqüentadas por pessoas mais experientes, hoje, até parecem cursos pré-vestibulares, com muitos alunos com idade entre 20 e 30 anos", diz.

De acordo com Guilhemat, realmente existem muitos que entram na universidade já pensando no concurso público, principalmente nos cursos de Direito e de Licenciatura. O pró-reitor não aconselha o recém-formado a prestar concurso que exija apenas nível superior, pois o jovem profissional vai ficar frustrado por ter se formado em uma coisa e ter de atuar em outra.

O ideal é seguir a área que estudou, até porque o candidato estará mais preparado para participar do processo, pelo fato de ter familiaridade com as matérias, tendo mais chances de sucesso do que quem se formou em uma determinada área e concorre a vagas que não estão relacionadas com a sua formação.

Fonte: Juliana Miranda – Jornal Mogi News. Publicação 25/05/2008, disponível em: http://www.moginews.com.br/Semanais.aspx?idMat=6636&edito=35

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